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Este Blog foi criado com intuito de tornar acessível a um maior número possível de pessoas,a troca de experiêncais e a divulgação do que temos de melhor na cultura da Região Sisaleira,tornando o meio virtual um local de interatividade.Neste blog,uma equipe de quatro alunos do curso de Geografia da Uneb/Campus XI estarão postando fotos,artigos,relatos,entrevistas,mensagens, poemas,entre outras formas de expressão cultural. Compõe esta equipe os seguintes discentes:Angelita Bispo,Crisângela Gardênia,Maria Aparecida Brito e Mariana Martins.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Praça Luis Nogueira




Praça Luis Nogueira: Lugar ou não-lugar? / Lugar Controlado ou Lugar praticado?


A Praça Luis Nogueira constitui um espaço diferenciado que pode ser interpretado por diversos vieses. Numa análise mais aprofundada da dinâmica da referida praça, podemos entender ela como um lugar vivido, como lugar controlado, além de ser constituído de micro-territorios. Durante o dia ela possui uma dinâmica própria, nota-se a presença de vendedores ambulantes, motociclistas, aposentados, transeuntes. Ela é para uns indivíduos o lugar de trabalho , o lugar vivenciado, de "garantia do pão" e do sustento da família. Exemplificamos aqui, os vendedores de cachorro-quente, de churrasquinho, de paste, os motoboys, o vendedor de picolé, e tantos outros que utilizam a praça como ponto do seu comercio ou divulgação do seu trabalho. Para outros a praça é o lugar do lazer, do bate-papo com os amigos, o lugar do namoro, o ponto de encontro, para exemplificar essa realidade, temos a "a galera jovem" que utilizam a praça como o local de diversão, bem como as crianças que freqüentam o parquinho da praça. A noite a praça ganha novos contornos: se diurnamente aposentados comerciantes e transeuntes ocupam praça, a noite ela fica "habitada por adolescente e casais de namorados, que são muitas vezes atraídos pelas barraquinhas de acarajé, churrasquinho, beiju, ela é pois nesta perspectiva um lugar praticado.

Dando ênfase a uma análise geográfica podemos perceber que algumas territorializações são construídas nesta praça: nela observamos o território dos motociclistas, o território dos passageiros do ônibus que transportas pessoas para o bairro da cidade nova, o território dos vendedores de pasteis, o território dos aposentados, dos jovens. Estes territórios podem muitas vezes encontrar-se superpostos ou se desfazer de acordo com a ordem cronológica, por exemplo: os aposentados que se territorializam na praça, utilizam bancos próprios, se reúnem para o bate-papo da manha, o jogo de damas ou cartas, especialmente diurnamente. Já os adolescentes também territorializam este espaço, porém estes o fazem durante a noite, e se ocupam de bancos próprios se diferenciando dos outros grupos, podemos perceber e distinguir ai, o território da galera que curte rock, dos jovens evangélicos, dos que curtem pagode, cada grupo marcados por suas características próprias e bastante definidas.

Deste modo julgamos ser a Praça Luis Nogueira um lugar de diferentes tessituras e arranjos, constituindo um espaço vivenciado, um lugar praticado.

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