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Este Blog foi criado com intuito de tornar acessível a um maior número possível de pessoas,a troca de experiêncais e a divulgação do que temos de melhor na cultura da Região Sisaleira,tornando o meio virtual um local de interatividade.Neste blog,uma equipe de quatro alunos do curso de Geografia da Uneb/Campus XI estarão postando fotos,artigos,relatos,entrevistas,mensagens, poemas,entre outras formas de expressão cultural. Compõe esta equipe os seguintes discentes:Angelita Bispo,Crisângela Gardênia,Maria Aparecida Brito e Mariana Martins.

sábado, 17 de maio de 2008

FITOTERAPIA



A fitoterapia do grego (Phyto) vegetal e (therapeia) tratamento, pode ser entendida como uma especialidade médica, como a terapêutica das doenças através das plantas, ou seja, o tratamento de doenças com o auxílio de substâncias naturais. É senão o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Os tratamentos fototerápicos são bastante antigos, remetem a China, por volta de 3000 a.C. e a Mesopotâmia 2600 a. C.

O incentivo ao uso de medicamentos e tratamento e substancias fitoterápicas visa principalmente prevenir, solucionar ou pelo menos minimizar os sintomas das doenças, com um custo mais acessível à população já que é bem visível na sociedade a comercialização de medicamentos caríssimos, que devido às patentes tecnológicas tornam-se inacessíveis a maioria da população.

Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos e por inúmeros povos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos, mas que são sem dúvidas bastante eficazes. As plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de chás, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.

Muitas vezes, o conhecimento sobre plantas medicinais simboliza em algumas situações o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos, já que o uso de plantas no tratamento de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana.

O Ministério da Saúde e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentariza e fiscaliza o uso e comercialização dos medicamentos fototerápicos,

“Todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se, exclusivamente, matérias primas ativas vegetais com a finalidade profilática, curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade; é o produto final acabado, embalado e rotulado. Na sua preparação podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos pela legislação vigente. Não podem estar incluídas substâncias ativas de outras origens, não sendo considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias ativas, ainda que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas misturas.” (BRASIL, 1995).

O consumo de remédios à base de ervas e plantas medicinais é prática comum em muitas partes do mundo, e esse consumo vem crescendo gradativamente. Além de uma forte tendência de resgate às tradições de curas, perdidas pela massificação do discurso que o uso de medicamentos "caseiros" só trariam prejuízos e atrasos nos tratamentos das doenças.

Atualmente, muitos cientistas renomados e médicos experientes, já têm reconhecido que as práticas de cura, próprias de muitas comunidades - os indígenas por exemplificar e grupos pequenos possuem uma eficácia comprovada. Os grandes laboratórios e as universidades passaram a estudar e comprovar os efeitos medicinais das plantas, o que tem contribuído para aumentar o conhecimento a respeito da fototerapia.

È importante ressaltar que cada planta é constituída de inúmeros princípios ativos que agem associadamente, ou seja, tornando o efeito do conjunto mais potente e com menos efeitos colaterais que cada princípio ativo isolado.

No Brasil, devido à riqueza da flora e ao conhecimento popular transmitido através das gerações, uma infinidade de plantas medicinais foram identificadas, sendo úteis no tratamento de um grande número de doenças, e isto tem despertado o interesse de inúmeros pesquisadores. Um dado lamentável, que também é perceptível, é o fato de além de pesquisadores sérios, que estão interessados em contribuir com a medicina, descobrindo a cura de muitas doenças através das plantas medicinais, um outro vasto número de indivíduos têm se apossado da diversidade de plantas de nosso país e praticado a biopirataria.

A BIOPIRATARIA é a apropriação, exploração, manipulação e comercialização ilegal de recursos biológicos ( da fauna e da flora). Deste modo, grandes empresas internacionais mandam para o Brasil pesquisadores que "invadem" as matas e florestas brasileiras, aliciam índios, e mateiros, oferecendo dinheiro, e vantagens – uma espécie de escambo aos moldes modernos – e levam para o exterior inúmeras ervas e compostos medicinais retirados de nossa fauna e flora. Em seus laboratórios modernos, estudam e exploram os componentes químicos e biológicos e desenvolvem remédios que serão comercializados a custos absurdos no mundo inteiro. Para agravar a situação, patenteiam as substâncias como se estas fossem propriedades suas e restringem para si a exploração e comercialização das mesmas. A biopirataria alimenta uma indústria mundial que fatura bilhões por ano. As próprias indústrias farmacêuticas financiam o tráfego ilegal de animais silvestres, e plantas, ou constroem laboratórios gigantescos em meio à selva brasileira. Temos que "um bom exemplo é o chá de quebra-pedra (Phyllanthus sp.), que as comunidades tradicionais utilizam para fins diuréticos e problemas renais. Esta planta foi processada sinteticamente por um laboratório americano, revendida para o Brasil na forma de remédio industrializado e consumido pelos próprios brasileiros sem que o país ou a população esteja se beneficiando financeiramente." (BIOPIRATARIA. Disponível em: http://www.clickarvore.com.br>. Acesso em 10 mai. 2008)

A fitoterapia possui uma infinidade de modos de aplicação, como, banhos, compressas, infusões, chás, xaropes, cataplasma, decocção, inalação, sucos, tintura, ungüento, entre outros. Mas é importante lembrar que cada planta possuem princípios ativos particulares que agem conjugadamente, ou seja, tornando o efeito do conjunto mais potente e com menos efeitos colaterais que cada princípio ativo isolado, e que para a utilização corretas dos medicamentos fototerápicos, é necessário um acompanhamento especializado, na precaução e na busca da cura das enfermidades, trazendo o menores efeitos colaterais

Investir recorrer aos métodos fitoterápicos, é não só uma forma "alternativa" de buscar a cura das enfermidades, mas uma maneira consciente de reconhecer que restabelecer a saúde não se limita a utilização de medicamentos farmacêuticos, caros, que viciam e nem sempre resolvem o problema. Recorrer a fitoterapia é também um resgate cultural de reconhecimento e valorização da experiência de curandeiros, erveiros e mateiros, pessoas que mesmos sem o conhecimento científico, entendem do poder de cura das ervas, que muitas vezes estão desvalorizados e esquecidos na nossa sociedade. Se sabemos que Buscopam serve para dor, que Benegripe para gripe e Novalgina para febre, precisamos conhecer também que a espinheira santa serve para úlcera, o boldo para má digestão e gases, e a romã para garganta inflamada. Não podemos desconsiderar, portanto este conhecimento transmitido de geração em geração, um conhecimento que não pode ser negado nem tão pouco esquecido.

REFERÊNCIAS

BIOPIRATARIA. Disponível em: . Acesso em 10 de mai. de 2008.

BIOPIRATARIA. Disponível em: <>. Acesso em 10 mai. 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Portaria n. 6 de 31 de janeiro de 1995. Diário Oficial da União de 31 de Janeiro de 1995. Brasília. Disponível em: . Acesso em 10 de mai. de 2008.

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